sábado, 5 de abril de 2008

Plantas carnívoras existem mesmo?

Descubra como são elas e por que não devemos temê-las!
Era um filme chato. Falava de uma planta murcha. O dono já tinha tentado de tudo para animá-la. Um dia, deu umas gotinhas do seu próprio sangue para ela, e a planta gostou. Cresceu à beça, alimentando-se só de sangue. Ficou do tamanho de uma sala. Enorme. E achou sangue pouco: queria comer uma pessoa inteira! "Que filme besta!", disse, quando saí do cinema. Mas depois, em casa, fiquei pensando, pensando... Lendas, filmes, histórias em quadrinhos, desenhos animados: tantas histórias de plantas que comem gente! Afinal, existem mesmo plantas carnívoras?

Na exposição DNA 50 - Descobrindo o segredo da vida, você pode montar uma deliciosa molécula gigante de DNA com balas jujuba!


Uma joaninha aproxima-se inocentemente da planta. Dá umas rodeadas e pousa. A planta é um tanto peluda, e nos pêlos há gotas que parecem de orvalho, brilhando à luz do sol. As cores são bonitas e a joaninha acha lindos os pêlos. Mas o que a joaninha não sabe é que eles soltam uma substância viscosa na qual ela vai ficar presa. A joaninha pousou numa ’planta carnívora’.
Diferentemente das que aparecem no cinema, as plantas carnívoras de verdade são pequenas e delicadas. Elas têm em média 15 centímetros. As maiores podem chegar a medir dois metros de altura. Só têm capacidade de capturar e digerir animais miúdos, em geral insetos. Por isso, os pesquisadores preferem chamar essas plantas de insetívoras.
As plantas insetívoras também fabricam seu alimento, mas só isso não é suficiente para suprir suas necessidades vitais. Por isso, os insetos que elas capturam são um complemento alimentar. O processo de captura e digestão do animal varia de planta para planta, dependendo da espécie. Alguns processos de captura são bem simples: é o caso da planta chamada drósera, que prendeu a joaninha. Outras espécies apresentam formas especiais para a captura de suas presas. As plantas que se chamam dionéias, por exemplo, têm folhas que se movimentam, fechando-se sobre o inseto, que fica preso lá dentro. Outros grupos, como as nepentes e sarracênias, têm na extremidade da folha uma grande urna que se enche de uma substância líquida. Quando o inseto vai beber esse líquido, fica preso na urna onde é digerido.

A formiga foi capturada por uma dionéia, planta
popularmente conhecida como papa-mosca


Existem no mundo 450 espécies de plantas carnívoras, divididas em seis famílias diferentes. No Brasil, apenas duas dessas famílias são comumente encontradas, em certas regiões. Mas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro existe uma estufa de plantas insetívoras. Lá estão exemplares das seis famílias dessas plantas que, na estufa, são cultivadas em condições especiais para se adaptarem ao clima carioca.
As plantas insetívoras devem ser plantadas numa mistura de pó de xaxim e musgo. A mistura deve estar sempre úmida, para imitar o ambiente natural onde as plantas vivem. Muitas delas florescem normalmente e outras, como as nepentes, raramente entram em floração fora de seus países de origem.

adaptado do artigo originalmente publicado
em Ciência Hoje das Crianças 18 escrito por:
Vera Lúcia Gomes Klein,
Botânica Sistemática / Jardim Botânico do RIo de Janeiro
e Luisa Massarani,
Ciência Hoje/RJ

Nota baixa em ciências

Jovens brasileiros não se saem bem em exame internacional


O que você tem aprendido sobre ciências na escola? Essa matéria desperta seu interesse? As aulas são instrutivas e prendem a sua atenção? Não é por acaso que estamos fazendo essas perguntas. Ao que parece, o ensino de ciências no Brasil precisa melhorar – e muito! Sabe por quê? No final de 2007, foi divulgado o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), um exame que contou com a participação de estudantes brasileiros. Mais uma vez, o Brasil ficou nas últimas posições, o que indica que há graves deficiências no seu sistema educativo.

O Brasil ficou nas últimas posições em um exame que avaliou o desempenho de estudantes de 15 anos na área de ciências em mais de 50 países.

Segundo o professor Nelio Bizzo, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, o exame do PISA acontece a cada três anos e tem como objetivo produzir dados que mostrem como se encontra o ensino de Matemática, Leitura e Ciências nos países participantes, por meio de questionários e testes. A cada ano, destaca-se uma determinada área. Em 2006, por exemplo, a ênfase foi em ciências. Participaram da avaliação jovens de 15 anos, de escolas públicas e particulares, em mais de 50 nações diferentes. Em dezembro de 2007, os resultados foram divulgados e, para o Brasil, eles não poderiam ter sido mais desanimadores.

O nosso país ficou nas últimas posições na avaliação, à frente apenas de países como Colômbia, Tunísia, Azerbaijão, Qatar e Quirguistão. Ao se analisar a baixa pontuação do Brasil no exame, foi possível chegar à conclusão de que a nação apresenta graves deficiências no ensino de ciências. Só para se ter uma idéia, o Brasil obteve apenas 390 pontos, enquanto a Finlândia, o primeiro colocado, alcançou 563! Que diferença, não?

Talvez você esteja pensando quais motivos levaram o Brasil a ter esse desempenho tão fraco. Pois, para o professor Nelio, a origem do problema está na forma como o ensino, principalmente de ciências, é conduzido no nosso país. Ele diz que a maioria dos alunos não é estimulada a pensar a respeito das questões que lhes são colocadas, mas, sim, decoram conceitos, que, na maioria das vezes, acabam esquecidos em algum cantinho da memória, por não parecerem muito úteis. Sem contar a visão de algumas pessoas sobre a ciência como uma verdade absoluta e inquestionável.

Vale lembrar que os avanços científicos só acontecem graças aos questionamentos, que são os responsáveis pela busca constante do conhecimento. Por isso, aceitar tudo o que os cientistas falam, sem qualquer reflexão, traz grandes prejuízos ao próprio desenvolvimento da ciência.

E será que esse problema tem solução? O professor garante que sim. Mas, para isso, são necessárias diversas mudanças no sistema de educação brasileiro. A escola precisa mudar a visão que os jovens têm do que é a ciência e da sua importância para o cotidiano. Ela não pode estar restrita ao conteúdo exposto em sala de aula. Mais do que isso, os alunos devem ser estimulados a pensar, a questionar e a investigar, a partir de problemas que se colocam no dia-a-dia.

Nelio também defende a realização constante de avaliações por parte do governo, de forma a obter informações mais detalhadas sobre a situação do ensino no país, sem depender de iniciativas internacionais como o PISA. Ele também acredita que devem ser desenvolvidos melhores livros e materiais para os alunos e professores e campanhas que mobilizem a sociedade como um todo, como olimpíadas de astronomia e de matemática e feiras de ciências, que já são realizadas, mas que ainda não atingem um número expressivo de estudantes.

E você, o que pensa sobre esse assunto? Acha que outras medidas também devem ser adotadas para estimular o ensino de ciências no Brasil? Acredita que conseguiremos alcançar um bom desempenho nos próximos exames? Suas idéias podem ser úteis para o seu professor e sua escola. Então, por que não propor uma discussão a respeito desse tema em sala de aula? Você e seus colegas de turma só têm a ganhar com essa iniciativa!


Andressa Spata
Ciência Hoje das Crianças
25/03/2008

CEM BILHÕES DE NEURÔNIOS

O cérebro em ação no mundo real
Sofisticado experimento com taxistas permite esclarecer a dinâmica de ativação cerebral no trânsito



Que misteriosa e admirável capacidade têm os taxistas de nos levar pelos melhores caminhos no trânsito denso e tumultuado das grandes cidades! Ouvir o pedido do passageiro e ainda conversar com ele sobre amenidades. Mentalizar o mapa da cidade e planejar os trajetos mais adequados. Acelerar, desacelerar, frear, estacionar. Obedecer (ou não...) os sinais e as regras de trânsito. Seguir à frente, fazer a curva, desviar de algum ônibus, deixar passar os pedestres, seguir lentamente o engarrafamento...

De que modo o cérebro propicia essa complexa seqüência de ações e pensamentos? Como se poderia estudar a dinâmica das operações cerebrais fora do laboratório, nas condições do mundo real? Foi exatamente esse objetivo que se propuseram a abordar os neurocientistas ingleses Hugo Spiers e Eleanor Maguire, do Instituto de Neurologia do University College em Londres.


Os dois selecionaram taxistas com experiência no trânsito de Londres. Essa metrópole é muito exigente quando o assunto é a formação dos taxistas. Os candidatos a conduzir pela capital britânica um de seus famosos táxis pretos têm que passar por um rigoroso exame, no qual são exigidos conhecimentos detalhados sobre as ruas do centro, sem consulta a mapas ou à central de rádio.

O experimento foi feito com 21 taxistas: 20 sadios e um que havia sofrido uma doença viral do sistema nervoso, que destruiu uma região particular de seu cérebro chamada hipocampo. Seu desempenho foi analisado em um sofisticado videogame capaz de recriar em tempo real e dimensões proporcionais 110 quilômetros de ruas em 50 km 2 no centro de Londres, ao mesmo tempo em que eram captadas imagens de ressonância magnética funcional, indicadoras das áreas cerebrais ativas a cada momento.

O videogame apresentava um cenário dinâmico com as ruas reais cheias de carros, ônibus e pedestres. Os taxistas “dirigiam” seus carros usando dois joysticks: um na mão direita, com o qual controlavam o acelerador e o freio do carro, em marcha adiante ou marcha-a-ré; e outro na mão esquerda, por meio do qual controlavam a direção do carro. Além disso, fones de ouvido simulavam as instruções de trajeto ou mudança de rumo do passageiro, e mesmo algum comentário sem relação com a viagem. O taxista era instruído a evitar acidentes, como na vida real. Uma batida interromperia o jogo. A corrida era filmada e depois exibida para cada taxista, que relatava detalhadamente seus pensamentos ao assistir à gravação.

O cérebro em ação no centro de Londres

Um sofisticado videogame para treinamento de taxistas foi utilizado para documentar o funcionamento cerebral durante um passeio pelas ruas de Londres (foto: reprodução).

Em um dos experimentos (figura ao lado), o passageiro virtual solicitava ao taxista que o conduzisse ao Big Ben, o que imediatamente o levava a acionar a memória espacial do trajeto até o destino. Nesse momento, eram acionadas as áreas cerebrais relevantes para essa operação mental de reconstrução da geografia de Londres. A seguir, já em movimento, o taxista planejava o melhor trajeto rua a rua, e a cada ponto se deparava com ruas livres (que bom!), ou então bloqueadas por obras (arghhh!).

Sua atividade cerebral indicava expectativas atendidas ou frustradas, bem como vários momentos de inspeção visual do cenário, inclusive de aspectos não relacionados com o trajeto. Subitamente, o passageiro mudava de idéia e solicitava outro destino: o rio Tâmisa. Nova mudança de expectativas, replanejamento de todo o trajeto. A cada momento, era preciso dobrar as esquinas, acelerar e frear, desviar de outros carros. Até chegar ao (novo) destino final.

Um exemplo do experimento dos cientistas ingleses (clique para ampliar). O gráfico de cima (A) mostra a seqüência de operações mentais do taxista em todo o trajeto, codificadas nas mesmas cores dos quadros abaixo (B). Em cada etapa, a imagem funcional do cérebro do taxista é relacionada a seus pensamentos. Ao longo do trajeto são apresentados os comentários do passageiro virtual. Reproduzido de Spiers e Maguire (2006).

Nos taxistas normais, a região do hipocampo, por exemplo, apareceu muito ativa logo na fase inicial de planejamento do trajeto (note o ponto amarelo mais inferior, na imagem do cérebro apresentada no quadro vermelho da figura ao lado – clique para ampliar). Isso seria coerente com a idéia de que o hipocampo guarda um mapa mental dos espaços que conhecemos, permitindo a nossa navegação cotidiana em casa, no trabalho, nas ruas de nossa cidade.

Mas o taxista doente trouxe uma surpresa aos pesquisadores. Ele apresentou desempenho inferior no videogame, mas foi capaz de responder positivamente a vários aspectos do experimento. Quer dizer: não é só o hipocampo que guarda os mapas cognitivos do espaço que nos circunda e que conhecemos bem. Esse resultado fortalece uma segunda teoria da memória, que postula a existência de vários mapas: um no hipocampo, outros em regiões diversas do córtex cerebral.

Outras regiões cerebrais ativas no experimento com os taxistas foram associadas à identificação dos marcos visuais de cada ponto do trajeto (a estátua de Lorde Nelson, o rio Tâmisa...), a capacidade de mudar de direção seqüencialmente (dobrar a primeira rua à esquerda, seguir reto 100 metros, depois dobrar a segunda rua à direita...), a lembrança de locais há muito guardados na memória (essa foi a igreja em que me casei...).

O trabalho dos pesquisadores ingleses, especialmente por causa da nova metodologia que eles inventaram, tem propiciado um grande volume de resultados descritos em numerosas publicações nos últimos anos. Acima de tudo, os experimentos de Hugo Spiers e Eleanor Maguire abriram um amplo caminho para a investigação da memória e da cognição espacial. Eles mostraram que experimentos em situações bem próximas do mundo real, com o auxílio de novas tecnologias da realidade virtual, têm um grande potencial para nos ajudar a elucidar os mecanismos de funcionamento do cérebro humano.

Roberto Lent
Professor de Neurociência
Instituto de Ciências Biomédicas
Universidade Federal do Rio de Janeiro
28/03/2008

NOTÍCIAS :: ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE

Previsão segura do desmatamento
Nova técnica garante identificação dos locais na Amazônia com maior risco de degradação futura


Um método desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB) permite resolver o problema de como prever as áreas mais suscetíveis ao desmatamento na Amazônia. A técnica de análise cruza dados estatísticos de períodos anteriores com as características biofísicas da floresta e apresentou uma confiabilidade de mais de 70% nas análises já realizadas.

Foto aérea de área desmatada na Amazônia para dar lugar a lavoura de soja (foto: T. Searchinger/Univ. de Minnesota).

A pesquisa foi elaborada por Darcton Policarpo Damião, diretor do Instituto de Estudos Avançados, do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) da Aeronáutica, em tese de doutorado apresentada para o Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB.

A ferramenta estatística desenvolvida por Damião é capaz de oferecer uma análise multivariada, a partir da observação da ocorrência de desmatamento em anos anteriores. O método leva em conta dados referentes a características físicas do terreno, como declividade, proximidade de área desmatada, distância de rodovias, altitude, distância de hidrovias e existência de áreas de proteção ambiental, entre outras.

“Essas variáveis foram escolhidas por serem espacialmente explícitas e quantificáveis”, esclarece o pesquisador. “Por isso, elas podem ser manipuladas pelo sistema de informação geográfica, de modo a gerar mapas das áreas com maior potencial de desmatamento. E foi isso que fizemos”.

De acordo com Damião, existem outros modelos de previsão do desmatamento, mas com abordagens diferentes. “Praticamente todos os modelos usados atualmente trabalham com cenários e se baseiam em variáveis sócio-econômicas, bastante difíceis de serem computadas”, atenta o pesquisador. “Além disso, eles se prestam melhor para previsões voltadas a um futuro mais distante”.

O modelo proposto na tese, diferentemente dos demais, considera apenas as variáveis biofísicas e trabalha com situações baseadas em dados concretos. “Dessa forma, conseguimos antecipar as áreas mais suscetíveis ao desmatamento de maneira mais confiável e em períodos de tempo menores”, garante Damião.

Resultados alcançados
Para desenvolver o novo método, o pesquisador estudou os dados disponíveis, de 1985 até 2004, de uma área a sul do município de São Félix do Xingu (Pará), de 34.000 km 2 . O local foi escolhido devido à disponibilidade dos dados e pelo alto grau de degradação que sofreu ao longo de quase duas décadas.

“Foi necessário observar as relações existentes entre variáveis biofísicas identificadas em imagens capturadas pelo satélite Landsat para seis datas entre os anos de 1985 e 2004”, explica Damião. Isso foi feito a partir de informações geradas pelo método desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para calcular taxas anuais de desmatamento na Amazônia, chamado de Prodes Digital. Ao analisar os dados referentes ao ano 2000, em vez de adotar procedimento anterior, de cruzamento de variáveis, Damião optou por traçar uma projeção para o ano de 2004.

“Nesse momento, chegamos a um resultado melhor do que o esperado. Isso porque a situação prevista pelo método coincidiu em mais de 70% com a que figurou no ano de 2004”, relata. “Dessa maneira, ficou comprovado que o novo método pode ser usado como uma ferramenta para antecipar esses eventos de degradação na Amazônia, de modo a otimizar o uso dos recursos para combatê-los, pois saberemos onde atacar o problema”, estima Damião.

Apesar dos bons resultados alcançados, ainda não há previsão de quando o método será utilizado oficialmente. “Até aqui, o trabalho de pesquisa foi conduzido individualmente, por se tratar de uma tese de doutorado”, explica o pesquisador. ”A adoção desse sistema em caráter operacional depende do envolvimento de um número maior de técnicos a serem disponibilizados por uma ou mais instituições governamentais interessadas em absorver a tecnologia desenvolvida.”


Andressa Spata
Ciência Hoje On-line
27/03/2008

CIÊNCIAS HOJE - ON-LINE

COLUNAS :: POR DENTRO DAS CÉLULAS
Seres diminutos, enorme flagelo
04/04/2008
A biologia e a evolução dos vírus e as estratégias que eles usam para subverter os mecanismos de defesa de nosso corpo são alguns dos temas mais fascinantes da biologia moderna. Em sua coluna desta semana, Jerry Borges explica como esses agentes infecciosos se reproduzem e discute uma fonte de enorme inquietação para a medicina atual – as viroses emergentes por eles causadas.

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Enem 2007 tem as médias mais altas dos últimos 5 anos

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2007 teve as maiores médias nas questões objetivas dos últimos cinco anos. Na parte composta por 63 testes, os estudantes do país obtiveram média de 51,52, em cem pontos possíveis – bem maior do que em 2006, quando a nota média foi de 36,90.

Veja o site do Jornal Nacional


Mas também aumentou a diferença de notas entre estudantes da rede particular e da rede pública na parte objetiva do exame. Este ano, alunos da rede particular do país atingiram a nota de 68,04 nas questões objetivas, ao passo que a rede pública teve média de 49,20, levando a uma diferença de 18,84 pontos. Em 2006, essa diferença foi de 15,63 pontos (em cem).

quinta-feira, 3 de abril de 2008

NOTICIAS-INEP DIVULGA MEDIAS ENEM 2007

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) divulgou nesta quinta-feira (3) o resultado do Enem 2007 (Exame Nacional do Ensino Médio) por escola e por município. A consulta é feita pelo site do instituto.

Em novembro de 2007, o Inep já havia divulgado as notas individuais e o desempenho médio por Estado da federação. A média da avaliação objetiva foi de 51,52 pontos, numa escala de zero a cem. Na redação, a média foi de 55,99.

A nota geral da prova objetiva do ano passado foi a melhor desde 1999 e de 2000, quando foram registrados 51,93 e 51,85 pontos respectivamente. Em 2007, foram feitos 14,62 pontos a mais do que em 2006, que teve 36,90. A pior média na história do Enem foi a de 2002, quando a média da prova objetiva foi de 34,13.

O presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, admitiu que o melhor desempenho em 2007 ocorreu devido ao menor nível de dificuldade do exame em relação aos anos anteriores. A prova foi aplicada no dia 26 de agosto para 3.568.592 estudantes.

O GOVERNO PODERIA TER EVITADO A GREVE

Veja por que:

Notícia veículada no dia 03.03.08 no Jornal Diario de Cuiabá.
Ano letivo começa com greve anunciada

Aulas têm início amanhã, porém dentro de um mês, se o governo não acenar com proposta favorável às reivindicações de professores, elas param.

JOANICE DE DEUS

Da Reportagem

Em assembléia geral realizada ontem pela manhã, trabalhadores da rede estadual de ensino aprovaram greve geral a partir do dia 14 de março. A data é o último prazo para que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) acene com a possibilidade de atender a reivindicação da categoria.

A decisão acatou resoluções do Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), que se reuniu no fim de semana. A categoria rejeitou a proposta de iniciar a greve já partir desta quarta-feira.

Entretanto, caso não haja avanço nas negociações, a greve por tempo indeterminada será deflagrada já a partir de 14 de março, quando acontece uma paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional (CNTE).

O QUE É GREVE?

Greve é a cessação coletiva e voluntária do trabalho realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios, como aumento de salário, melhoria de condições de trabalho ou direitos trabalhistas, ou para evitar a perda de benefícios. Por extensão, pode referir-se à cessação coletiva e voluntária de quaisquer atividades, remuneradas ou não, para protestar contra algo.

CONHEÇA AS DST- INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são tidas como um grave problema de saúde pública por afetarem muitas pessoas. Além disso, os sinais e sintomas são de difícil identificação e o acesso ao tratamento correto, também.

Uma das principais preocupações relacionadas às DST é o fato de facilitarem a transmissão sexual do HIV. Quando acometem gestantes, podem atingir o feto durante seu desenvolvimento, causando-lhe lesões. Podem, também, provocar uma interrupção espontânea da gravidez (aborto), determinar uma gravidez ectópica (fora do útero) ou, ainda, causar o nascimento de crianças com graves má-formações. Durante o parto, podem atingir o recém-nascido, causando doenças nos olhos, pulmões, etc.

Diante dessas possibilidades, o acesso irrestrito das pessoas ao diagnóstico precoce e tratamento adequado de todas as DST é fundamental.

CONHEÇA AS DST - AIDS

AIDS

Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção do organismo humano pelo HIV (vírus da imunodeficiência adquirida, traduzido do inglês Human Immunodeficiency Virus). O HIV compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas, tais como: bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.

Mesmo apresentando resultado positivo para a infecção pelo HIV, um indivíduo pode não estar com a aids. A aids representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico já se encontra bastante comprometido e surgem determinadas infecções, conhecidas como doenças oportunistas.

Sintomas
A infecção pelo HIV é um processo de longa duração que passa por diferentes estágios. A duração e a gravidade de cada estágio dependem de vários fatores relacionados tanto ao vírus quanto ao indivíduo infectado e apresenta sintomas diferentes. O tempo entre a exposição ao HIV e o início dos sinais e sintomas, em geral, varia de cinco dias a três meses. As manifestações podem resultar em gripe persistente, perda de peso progressiva, diminuição da força física, febre intermitente, dores musculares, suores noturnos, diarréia, entre outras reações. Quando a infecção pelo HIV já está avançada, começam a aparecer doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, diarréia crônica.

Formas de Contágio
Contato sexual desprotegido com pessoa soropositiva; contato direto com sangue contaminado (que inclui compartilhamento de agulhas para injeção de drogas; transfusões de sangue e/ou hemoderivados; acidentes com materiais biológicos, ocupacionais ou não, que gerem contato direto destes com mucosas, com pele lesionada ou ferida e com tecidos profundos do corpo, permitindo o acesso à corrente sangüínea); da mãe portadora do HIV para o filho, durante a gestação, o parto ou pelo aleitamento.

Prevenção
Na transmissão sexual, recomenda-se a prática do sexo seguro (relação monogâmica com parceiro HIV negativo e uso de preservativo em todas as relações sexuais). Na transmissão pelo sangue, recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.

Tratamento
A aids ainda não tem cura e caso não seja tratada, ou seja tratada de maneira inadequada, pode resultar em morte. O tratamento da aids é feito com medicamentos anti-retrovirais, drogas que inibem a reprodução do HIV no sangue. A associação desses medicamentos é popularmente conhecida como "coquetel". Também faz parte do tratamento contra a aids o controle do avanço da doença, feito por meio dos testes realizados regularmente de acordo com o pedido da equipe médica. Com a terapia anti-retroviral tem-se melhorado a qualidade de vida em todos os estágios da infecção e ampliado a sobrevida das pessoas portadoras do HIV. As doenças oportunistas são, em sua maioria, tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações.

CONHEÇA AS DST - VAGINOSE BACTERIANA

VAGINOSE BACTERIANA

Também conhecida como vaginite não específica, é a mais comum das vaginites. É causada por uma alteração na flora vaginal normal, com diminuição na concentração de lactobacilos e predomínio de uma espécie de bactérias sobre outras, principalmente a Gardnerella vaginalis. Por ter uma causa orgânica, não é considerada uma DST.

Sinais e sintomas
Corrimento vaginal, geralmente de cor amarela, branca ou cinza, que apresenta odor desagradável. Algumas mulheres o descrevem como “um odor forte com cheiro de peixe” que aparece, principalmente, após uma relação sexual e durante o período da menstruação. Pode gerar ardência ao urinar e/ou coceira no exterior da vagina porém, algumas mulheres podem não apresentar sintoma algum.

Formas de contágio
Está associado a um desequilíbrio do nível de bactérias normalmente presente na vagina, causado pela diminuição das bactérias protetoras daquele ambiente. Desenvolve-se quando uma mudança no ambiente da vagina causa o aumento do nível de bactérias prejudiciais - como bactérias do intestino, por exemplo.
Pode ser transmitida entre parcerias femininas.

Prevenção
Alguns cuidados básicos podem ajudar a reduzir o risco de desequilíbrio da natureza da vagina e evitar o desenvolvimento da vaginose bacteriana:
- Usar camisinha durante as relações sexuais
- Evitar o uso de duchinhas
- Evitar produtos químicos que podem causar irritação e desconforto na região genital

Tratamento
Em geral, feito com Metronidazol. Fazer o tratamento completo, mesmo que os sintomas desapareçam antes do fim. Normalmente, os parceiros (de ambos os sexos) não precisam fazer o tratamento de vaginose bacteriana.

Vaginose não tratada
Na maioria dos casos a vaginose bacteriana não causa grandes complicações. Mas existem algumas implicações sérias:
- Parto prematuro ou recém-nascido com peso abaixo da média;
- As bactérias que causam a vaginose bacteriana podem infectar o útero e as trompas de falópio. Esta inflamação é conhecida como doença inflamatória pélvica (DIP). A vaginose bacteriana pode aumentar a probabilidade de infecção por DST/aids em casos de exposição ao vírus.
- Pode aumentar a probabilidade de uma mulher ser infectada por outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorréia.

CONHEÇA AS DST - CORRIMENTO VAGINAL

CORRIMENTO VAGINAL

A gonorréia é a mais comum das DST. Também é conhecida pelo nome de blenorragia, pingadeira, esquentamento. Nas mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do útero.

Sinais e Sintomas
Entre dois e oito dias após relação sexual desprotegida, a pessoa passa a sentir ardência e dificuldade para urinar. Às vezes, pode-se notar um corrimento amarelado ou esverdeado - até mesmo com sangue - que sai pelo canal da urina, no homem, e pela vagina, na mulher.
A clamídia também é uma DST muito comum e apresenta sintomas parecidos com os da gonorréia, como, por exemplo, corrimento parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. As mulheres contaminadas pela clamídia podem não apresentar nenhum sintoma da doença, mas a infecção pode atingir o útero e as trompas, provocando uma grave infecção. Nesses casos, pode haver complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até esterilidade.

Formas de contágio
A principal forma de transmissão da gonorréia é por meio de relação sexual com pessoa infectada, seja essa relação oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Mesmo sem apresentar sintomas, as mulheres contaminadas transmitem a bactéria causadora da doença. Pode ocorrer também, durante o parto, transmissão da mãe contaminada para o bebê. Caso esse tipo de transmissão aconteça, corre-se o risco de o bebê ter os olhos gravemente afetados, podendo levar à cegueira.

Prevenção
Usar camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais vaginais e orais. Além da camisinha masculina ou feminina, usar lubrificantes à base de água (KY, Preserv Gel) nas relações sexuais anais.
É recomendado realizar sempre o auto-exame, observando os próprios órgãos genitais e vendo se a cor, aparência, cheiro e a pele estão saudáveis.

Tratamento
Caso não sejam tratadas, essas DST podem provocar esterilidade, atacar o sistema nervoso (causando meningite), afetar os ossos e o coração.
Atenção: corrimentos são muito comuns em mulheres. Portanto, sua ocorrência não significa, necessariamente, sinal de DST. O médico poderá fazer seu correto diagnóstico e indicação de tratamento adequado.

OFTALMIA NEONATAL
É definida como uma conjuntivite do recém-nascido que apresenta pus. Surge no primeiro mês de vida, usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. A oftalmia neonatal pode levar à cegueira, especialmente quando causada pela N. gonorrhoeae. Os agentes etiológicos mais importantes são: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.

Sinais e Sintomas
Geralmente o recém-nascido é trazido ao serviço de saúde por causa de eritema e inchaço das pálpebras, e/ou existência de secreção nos olhos. Conjuntivite severa que se desenvolva na primeira semana de vida é, mais provavelmente, de origem gonocócica. A conjuntivite por clamídia é bem menos severa, e o seu período de incubação varia de 5 a 14 dias.
Os achados objetivos incluem:
- secreção, que pode ser purulenta;
- eritema e edema da conjuntiva; e
- edema e eritema das pálpebras.

Prevenção
A profilaxia ocular, no período neonatal, deve ser feita rotineiramente com:
- Nitrato de prata a 1% (Método de Credè), aplicação única, na 1ª hora após o nascimento,

Tratamento
Estando disponível apenas o diagnóstico clínico, toda oftalmia neonatal deve receber tratamento para gonococo (principalmente) e clamídia. A mãe e seu(s) parceiro(s) devem sempre ser tratados para gonorréia e infecção por clamídia, e serem submetidos a exame genital e exame sorológico para sífilis e anti-HIV, após aconselhamento.
A oftalmia neonatal pode ser classificada como gonocócica ou não gonocócica. Quando houver condições para o estabelecimento desse diagnóstico pelo esfregaço corado (azul de metileno ou Gram), deve-se fazer o tratamento específico.

Tratamento da oftalmia neonatal gonocócica
A oftalmia gonocócica precisa ser tratada imediatamente, para prevenir dano ocular. A conjuntivite pode ser, também, um marcador de uma infecção neonatal generalizada.
- Devem ser instituídos procedimentos de isolamento do caso, quando em instituições, para prevenir a transmissão da infecção, terapia específica.

Tratamento da oftalmia neonatal não gonocócica
Não há evidência de que a terapia tópica ofereça benefício adicional, neste caso.

CONHEÇA AS DST - GONORRÉIA E CLAMÍDIA

GONORRÉIA E CLAMÍDIA

A gonorréia é a mais comum das DST. Também é conhecida pelo nome de blenorragia, pingadeira, esquentamento. Nas mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do útero.

Sinais e Sintomas
Entre dois e oito dias após relação sexual desprotegida, a pessoa passa a sentir ardência e dificuldade para urinar. Às vezes, pode-se notar um corrimento amarelado ou esverdeado - até mesmo com sangue - que sai pelo canal da urina, no homem, e pela vagina, na mulher.
A clamídia também é uma DST muito comum e apresenta sintomas parecidos com os da gonorréia, como, por exemplo, corrimento parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. As mulheres contaminadas pela clamídia podem não apresentar nenhum sintoma da doença, mas a infecção pode atingir o útero e as trompas, provocando uma grave infecção. Nesses casos, pode haver complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até esterilidade.

Formas de contágio
A principal forma de transmissão da gonorréia é por meio de relação sexual com pessoa infectada, seja essa relação oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Mesmo sem apresentar sintomas, as mulheres contaminadas transmitem a bactéria causadora da doença. Pode ocorrer também, durante o parto, transmissão da mãe contaminada para o bebê. Caso esse tipo de transmissão aconteça, corre-se o risco de o bebê ter os olhos gravemente afetados, podendo levar à cegueira.

Prevenção
Usar camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais vaginais e orais. Além da camisinha masculina ou feminina, usar lubrificantes à base de água (KY, Preserv Gel) nas relações sexuais anais.
É recomendado realizar sempre o auto-exame, observando os próprios órgãos genitais e vendo se a cor, aparência, cheiro e a pele estão saudáveis.

Tratamento
Caso não sejam tratadas, essas DST podem provocar esterilidade, atacar o sistema nervoso (causando meningite), afetar os ossos e o coração.
Atenção: corrimentos são muito comuns em mulheres. Portanto, sua ocorrência não significa, necessariamente, sinal de DST. O médico poderá fazer seu correto diagnóstico e indicação de tratamento adequado.

OFTALMIA NEONATAL
É definida como uma conjuntivite do recém-nascido que apresenta pus. Surge no primeiro mês de vida, usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. A oftalmia neonatal pode levar à cegueira, especialmente quando causada pela N. gonorrhoeae. Os agentes etiológicos mais importantes são: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.

Sinais e Sintomas
Geralmente o recém-nascido é trazido ao serviço de saúde por causa de eritema e inchaço das pálpebras, e/ou existência de secreção nos olhos. Conjuntivite severa que se desenvolva na primeira semana de vida é, mais provavelmente, de origem gonocócica. A conjuntivite por clamídia é bem menos severa, e o seu período de incubação varia de 5 a 14 dias.
Os achados objetivos incluem:
- secreção, que pode ser purulenta;
- eritema e edema da conjuntiva; e
- edema e eritema das pálpebras.

Prevenção
A profilaxia ocular, no período neonatal, deve ser feita rotineiramente com:
- Nitrato de prata a 1% (Método de Credè), aplicação única, na 1ª hora após o nascimento,

Tratamento
Estando disponível apenas o diagnóstico clínico, toda oftalmia neonatal deve receber tratamento para gonococo (principalmente) e clamídia. A mãe e seu(s) parceiro(s) devem sempre ser tratados para gonorréia e infecção por clamídia, e serem submetidos a exame genital e exame sorológico para sífilis e anti-HIV, após aconselhamento.
A oftalmia neonatal pode ser classificada como gonocócica ou não gonocócica. Quando houver condições para o estabelecimento desse diagnóstico pelo esfregaço corado (azul de metileno ou Gram), deve-se fazer o tratamento específico.

Tratamento da oftalmia neonatal gonocócica
A oftalmia gonocócica precisa ser tratada imediatamente, para prevenir dano ocular. A conjuntivite pode ser, também, um marcador de uma infecção neonatal generalizada.
- Devem ser instituídos procedimentos de isolamento do caso, quando em instituições, para prevenir a transmissão da infecção, terapia específica.

Tratamento da oftalmia neonatal não gonocócica
Não há evidência de que a terapia tópica ofereça benefício adicional, neste caso.

CONHEÇA AS DST - CANCRO MOLE

CANCRO MOLE

Pode ser chamada também de cancro venéreo. Popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole.

Os primeiros sintomas aparecem dois a cinco dias após relação sexual desprotegida com portador da doença, período que pode se estender até duas semanas.

Sinais e Sintomas
No início, surgem uma ou mais feridas pequenas com pus. Após algum tempo, forma-se uma ferida úmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de tamanho e profundidade. A seguir, surgem outras feridas em volta das primeiras. Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado (íngua) na virilha, que chega a prender os movimentos da perna, impedindo a pessoa de andar. Essa íngua pode abrir e expelir um pus espesso, esverdeado, misturado com sangue. Nos homens, as feridas, em geral, localizam-se na ponta do pênis. Na mulher, ficam, principalmente, na parte externa do órgão sexual e no ânus e mais raramente na vagina (ressalte-se que a ferida pode não ser visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar).

A manifestação dessa doença pode vir acompanhada de dor de cabeça, febre e fraqueza.

Formas de contágio
Transmitido pela prática de sexo (vaginal, anal ou oral) desprotegido com pessoa contaminada.

Prevenção
Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de prevenir-se contra o cancro mole é fazer uso do preservativo em todas as relações sexuais. Cuidar bem da saúde e da higiene também são formas de prevenção.

Tratamento
O cancro mole é tratado com medicamentos à base de antibióticos, sabonetes e loções. Além do tratamento, deve-se realizar intensa higiene local. Deve ser indicada a abstinência sexual até a conclusão do tratamento. É recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, em qualquer circunstância, pela possibilidade de existirem portadores que não manifestem sintomas.

HERPES SIMPLEX (Simples)

O que é?

É uma doença infecciosa muito contagiosa, recorrente, geralmente benigna, causada por dois vírus da família dos Herpesviridae [Herpes simplex vírus 1 (HSV-1) e Herpes simplex vírus 2 (HSV-2)].É característica destes vírus infectar algumas células de forma lítica causando lesão (com destruição da célula) como nos epitélios (células da pele e das mucosas) e outras de forma latente (sem atividade destrutiva) como em neurônios (células do sistema nervoso) de onde são reativados (por fatores vários como exposição ao sol, febre, período menstrual, traumatismo, stress, uso de determinados medicamentos ou situações de redução da resistência física) voltando a infectar de forma lítica as células sensíveis causando nova doença. Os intervalos das recaídas são de espaçamento variado, acredita-se que estes vírus permaneçam em nosso organismo por toda a vida.

Como se adquire?

A transmissão do vírus se faz preferentemente por contato direto pessoa – pessoa, mesmo que não haja lesão ativa. A infecção através de objetos pode existir, mas é menos comum. O tempo que medeia entre o contato e os sintomas iniciais (período de incubação) é estimado em duas semanas. Em torno de 90% das pessoas tiveram ou terão contato com o HSV-1 e cerca de 20% com o HSV-2.

Na maioria dos casos o HSV-1 provoca lesões ao redor da boca (herpes labial, gengivoestomatite, faringite herpética), o HSV-2 provoca lesões genitais (uretra, vulva, pênis, vagina, etc.).As infecções primárias pelo HSV-1 são doenças primariamente de crianças, as infecções pelo HSV-2 são transmitidas principalmente por contato sexual tendo predomidância entre os adultos.

O que se sente?

Considerável parte das pessoas que estão transmitindo os vírus dos herpes não apresenta sintomas tanto nas doenças pelo HSV – 1 como no HSV-2, mesmo a primeira infecção pode transcorrer sem queixas. As pessoas que apresentam sintomas sistêmicos (sintomas além dos localizados) podem se queixar de mal estar, febre e desconforto ou queixas vagas de pequena intensidade. Nas localizações bem definidas as manifestações podem ser bem características.

Gengivoestomatite. Febre alta, múltiplas feridas na boca, língua, faringe, intensa reação inflamatória da gengiva e aumento dos gânglios do pescoço. Nos adolescentes e crianças maiores predominam as úlceras faríngeas.
Genital. Feridas penianas, vulvares, vaginais, perianais, com ou sem comprometimento uretral que Existindo pode ocasionar desconforto ao urinar. O diagnóstico de herpes genital em criança faz pensar em abuso sexual
Encefalite. Mesmo fora do período neonatal a reativação dos HSV-1 ou 2 pode causar lesões neurológicas importantes com quadro semelhante ao das outras infecções virais.
Neonatal. Os casos de infecção neonatal podem ser adquiridos tanto por infecção ascendente durante a gravidez como por contaminação durante o parto. As doenças neonatais quando generalizadas são muito graves. É importante considerar a necessidade de realizar o nascimento por cesariana em todos os casos de herpes genital.

Como o médico faz o diagnóstico?

Nos casos típicos é suficiente o exame clínico. Em situações especiais pode ser necessário a identificação do vírus ou ser bastante o exame citológico da lesão ou mesmo a comprovação laboratorial de outros órgãos atingidos.

Como se previne?

Evitar o contato com lesões evidentes. Identificar as causas que desencadeiam os surtos recorrentes para evitá-los incluindo a indicação de cesariana para mulheres com herpes genital. O uso protetor solar reduz a incidência de herpes relacionado à exposição solar.

PS.: Seja responsavel. Explique para o seu namorado(a) porque não pode beija-lo(a) e procure esclarece-lo(a).

POLÍTICA É COISA SÉRIA!

O Analfabeto Político

"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."

Bertolt Brecht


quarta-feira, 2 de abril de 2008

AULA SOBRE BACTERIAS

As bactérias são microrganismos unicelulares, com uma estrutura muito elementar.
Abundantes no ar, no solo e na água, a maior parte das bactérias é inócua para o homem, tanto que algumas espécies estão normalmente presentes na pele e no interior do intestino, sem causarem doença.
Pelo contrário, em especial as bactérias do intestino, são úteis, na medida em que produzem algumas vitaminas e, com a sua presença, protegem o organismo da invasão de bactérias nocivas ou patogénicas.
As bactérias patogénicas são responsáveis pela maior parte das doenças infecciosas que nos afectam.
As bactérias foram descobertas no século XVII, após a invenção do microscópio, mas só no século XIX, graças ao químico francês Louis Pasteur, se conseguiu concluir que são causadoras de muitas doenças.
O que ainda não se conseguiu estabelecer com segurança é a razão pela qual certos indivíduos adoecem, enquanto que outros permanecem saudáveis, tendo estado expostos às mesmas fontes de infecção.
As bactérias produzem toxinas prejudiciais às células humanas.
A doença surge quando estas toxinas estão presentes em quantidade suficiente e o indivíduo afectado não está imunizado. Entre as muitas doenças provocadas por bactérias incluem-se a pneumonia, a amigdalite, a meningite, a tuberculose, o tétano e a disenteria.

OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA DE BACTÉRIAS

Pré-requisitos

Para a compreensão dos conceitos desenvolvidos neste tópico constituem pré-requisitos os seguintes conhecimentos:

Coloração Gram

A observação de microrganismos reveste-se de dificuldades não só devido à sua reduzida dimensão mas, também, porque estes são transparentes e praticamente incolores. Com o propósito de estudar as suas propriedades e/ou de diferenciar os microrganismos em grupos específicos para fins taxonómicos e de diagnóstico, recorre-se normalmente a técnicas de coloração.

A coloração de Gram, desenvolvida em 1884 pelo médico dinamarquês Christian Gram, é um dos métodos de coloração mais aplicados em Bacteriologia. Trata-se de um método de coloração diferencial, dado que permite dividir as bactérias em duas classes - Gram negativas e Gram positivas. É pois uma ferramenta essencial na classificação e diferenciação de bactérias.

Esta diferenciação baseia-se na diferente estrutura e composição, nomeadamente no diferente teor lipídico, da parede celular de bactérias Gram positivas e Gram negativas.

A parede celular das bactérias Gram negativas tem um teor em lípidos elevado na sua membrana externa, para além de uma camada fina de peptidoglicano que circunda a membrana plasmática. Em consequência, durante o passo de diferenciação pelo alcool, parte dos lípidos são dissolvidas pelo alcool, formando-se poros na parede por onde o corante primário (violeta de cristal) sai das células. Estas células ficam transparentes após o passo de diferenciação pelo álcool, sendo posteriormente coradas com o corante secundário (safranina).

A parede celular das bactérias Gram positivas é constituída principalmente por uma camada grossa de peptidoglicano e o seu teor em lípidos é nulo ou muito baixo (em poucas espécies bacterianas). A camada de peptidoglicano actua, assim, como uma barreira impedindo a saída do corante primário e estas células ficam coradas de violeta escuro.

FORMA DAS BACTERIAS

1- Cocos

· Diplococos -- OOO

· Estreptococos -- oOOOooOO

· Estafilococos -- Se assemelham à bolinhas aglomeradas em forma de um cacho de uva.

· Tétrades -- Assemelham se a quatro bolinhas aglomeradas.

2- Bacilos -- assemelham se a bastões, bastonetes.

3- Espirilos -- assemelha se a um espiral, e em certos casos possui flagelos em sua base.

4- Vibriões -- assemelham se a uma virgula.

ESTRUTURA DAS BACTERIAS

Parede celular - envoltório extracelular rígido responsável pela forma da bactéria constituída por um complexo protéico - glicídico (proteína + carboidrato) com a função de proteger a célula contra agressões físicas do ambiente.

Obs.: Não possui celulose como as das células vegetais.

Cápsula - camada de consistência mucosa ou viscosa formada por polissacarídeos que reveste a parede celular em algumas bactérias. É encontrada principalmente nas bactérias patogênicas, protegendo-as contra a fagocitose.

Membrana Plasmática - mesma estrutura e função das células eucariontes.

Obs.: Nas bactérias ocorrem invaginações na membrana plasmática que concentram as enzimas respiratórias: os mesossomos.

Citoplasma - formado pelo Hialoplasma e pelos Ribossomos. Ausência de organelas membranosas.

Nucleóide - é a região onde se concentra o cromossomo bacteriano, constituído por uma molécula circular de DNA. É o equivalente bacteriano dos núcleos de células eucariontes. Não possui carioteca ou envoltório nuclear. Além do DNA presente no nucleóide, a célula bacteriana pode ainda conter moléculas adicionais de DNA, chamadas Plasmídios ou Epissomas.

Flagelos - apêndices filiformes usados na locomoção.

Fímbrias - apêndices filamentares, de natureza proteica, mais finos e curtos que os flagelos. Nas bactérias que sofrem conjugação, as fímbrias funcionam como pontes citoplasmáticas permitindo a passagem do material genético.

BACTÉRIA

Parede celular - envoltório extracelular rígido responsável pela forma da bactéria constituída por um complexo protéico - glicídico (proteína + carboidrato) com a função de proteger a célula contra agressões físicas do ambiente.

Obs.: Não possui celulose como as das células vegetais.

Cápsula - camada de consistência mucosa ou viscosa formada por polissacarídeos que reveste a parede celular em algumas bactérias. É encontrada principalmente nas bactérias patogênicas, protegendo-as contra a fagocitose.

Membrana Plasmática - mesma estrutura e função das células eucariontes.

Obs.: Nas bactérias ocorrem invaginações na membrana plasmática que concentram as enzimas respiratórias: os mesossomos.

Citoplasma - formado pelo Hialoplasma e pelos Ribossomos. Ausência de organelas membranosas.

Nucleóide - é a região onde se concentra o cromossomo bacteriano, constituído por uma molécula circular de DNA. É o equivalente bacteriano dos núcleos de células eucariontes. Não possui carioteca ou envoltório nuclear. Além do DNA presente no nucleóide, a célula bacteriana pode ainda conter moléculas adicionais de DNA, chamadas Plasmídios ou Epissomas.

Flagelos - apêndices filiformes usados na locomoção.

Fímbrias - apêndices filamentares, de natureza proteica, mais finos e curtos que os flagelos. Nas bactérias que sofrem conjugação, as fímbrias funcionam como pontes citoplasmáticas permitindo a passagem do material genético.

REPRODUCAO DAS BACTERIAS

1-Assexuada

1.1-Bipartição ou Cissiparidade
Nesse processo a célula bacteriana duplica seu cromossomo e se divide ao meio, apoiado no mesossomo, originando duas novas bactérias idênticas à original.

2-Sexuada ou Transmissão Genética

2.1-Conjugação
Consiste na passagem (ou troca) de material genético entre duas bactérias através de uma ponte citoplasmática formada pelas fímbrias.

2.2-Transformação
A bactéria absorve moléculas de DNA disperso no meio. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas.

2.3-Transdução
As moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores.

BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA PARA O HOMEM

Bactéria

Doença Causada

Mycobacterium leprae

Hanseníase ou Lepra

Mycobacterium tuberculosis

Tuberculose

Clostridium tetani

Tétano

Neisseria gonorrheae

Gonorréia

Streptococcus pneumoniae

Pneumonia

Salmonella thuphi

Febre Tifóide

Corynebacterium diphteriae

Difteria

Vibrio cholerae

Cólera

Brucella melitensis

Brucelose

Yersinia pestis

Peste Bubônica

Treponema pallidum

Sífilis

Salmonella sp./ Shigella sp.

Disenterias

Leptospira interrogans

Lepstospirose