sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Risco de sofrer ataque cardíaco aumenta entre as mulheres

Homens de meia idade apresentam um risco muito maior de sofrer um ataque cardíaco do que as mulheres da mesma idade, mas uma nova pesquisa sugere que essa diferença pode estar diminuindo.

Cerca de 2,5% dos homens entre 35 e 54 anos que responderam a uma pesquisa nacional de saúde no final da década de 1980 e início dos anos 1990 relataram ter tido um ataque cardíaco, em comparação a 0,7% das mulheres da mesma idade. Porém, em pesquisas mais recentes, entre 1999 e 2004, as porcentagens de mulheres que sofreram ataque cardíaco aumentou para 1%, e caiu para 2,2% dos homens.
A porcentagem de mulheres entre 35 e 54 anos que sofreram ataque cardíaco nos EUA aumentou de 0,7 para 1% nos últimos anos
Os pesquisadores reconhecem que o aumento e o declínio relatado podem ter ocorrido por puro acaso. No entanto, o principal autor do estudo, publicado na edição de 26 de outubro do The Archives of Internal Medicine, afirmou que as mudanças refletiam uma "triste tendência". O artigo observou que, no mesmo período, a pontuação dos homens em uma escala que prevê o risco de ataque cardíaco melhorou levemente, enquanto a das mulheres piorou.
"Acho que todos têm sido complacentes com o fato de que as mulheres não têm um risco muito elevado nessa idade", afirmou o principal autor do estudo, Dr. Amytis Towfighi, professor assistente de neurologia clínica da University of Southern California.
Um estudo realizado em 2007 pelos mesmos autores descobriu que mulheres entre 45 e 54 anos tiveram duas vezes mais probabilidade, em relação aos homens, de relatar um derrame, uma descoberta que desafiou o pensamento médico convencional de que as mulheres apresentam menor risco de derrame na meia-idade, em comparação aos homens.

Teste de vacina contra Aids reduz pela primeira vez risco de infecção

Uma vacina experimental contra a Aids diminuiu, pela primeira vez, o risco de infecção pelo vírus HIV, afirmam cientistas.
A vacina - uma combinação de duas vacinas experimentais já testadas - foi administrada a 16 mil voluntários na Tailândia, no maior teste já realizado com uma vacina contra a Aids. Os pesquisadores concluíram que a vacina reduziu em quase um terço o risco de contrair o vírus HIV, que provoca a doença.
O resultado está sendo visto como um avanço científico significativo, mas uma vacina global ainda está distante. O estudo foi realizado pelo Exército americano com o governo da Tailândia e durou sete anos. Todos os voluntários - homens e mulheres com idades entre 18 e 30 anos - não eram portadores do HIV e viviam em algumas das regiões mais afetadas da Tailândia. As vacinas combinadas para a produção desta já haviam sido testadas, sem sucesso. Metade dos voluntários recebeu a vacina e a outra metade recebeu um placebo. Todos receberam aconselhamento sobre prevenção do vírus HIV.
Entre os voluntários que receberam a vacina, o risco de infecção pelo HIV foi 31,2% menor do que entre os que tomaram o placebo. "O resultado é extremamente encorajador. Os números são baixos e a diferença pode se dever à sorte, mas a conclusão é a primeira notícia positiva no campo de vacinas contra a Aids em uma década", disse Richard Horton, editor da revista médica Lancet. "Nós devemos ser cautelosos, mas ter esperança. A descoberta precisa ser replicada e investigada urgentemente." O resultado também foi comemorado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo programa conjunto da ONU para a Aids (UN/Aids). Segundo eles, os resultados ,"caracterizados como modestamente protetores...trouxeram nova esperança no campo de pesquisa de vacinas contra a Aids". Estima-se que cerca de 33 milhões de pessoas no mundo são portadoras de HIV.